A doença do século 21. É assim que está sendo considerada a L.E.R. – Lesão por Esforço Repetitivo -, e que agora muda de nome: D.O.R.T. – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho -, termo mais generalizado que abrange diversas patologias, sendo as mais conhecidas – em ambos os casos -, a tenossinovite, tendinite e a bursite, entre outras que atingem milhares de trabalhadores. No Estado de Sergipe, a Associação de Prevenção e Combate à L.E.R. – APCLER -, fundada há seis anos, vem tratando e assistindo as vítimas da doença. Segundo Vera Judite, membro da Associação, o trabalho é no sentido da prevenção, passando informações e assistindo as que já estão doentes. “As pessoas doentes se sentem discriminadas, porque não podem mais exercer as funções que exerciam”, diz Vera Judite, atentando para um problema ainda maior: as crianças que, desde cedo, começam a manusear computador e vídeo game. “Nós orientamos alunos e pais nas escolas. A mesma regra que é utilizada no ambiente de trabalho – uma pausa de 10 minutos para descanso -, deve ser adotada também pelas crianças, e os pais devem estar atentos a isso. No verão passado, houve vários casos de ortopedistas atendendo crianças com uma doença que deixa o dedo como se estivesse no gatilho, curvado. É preciso desenvolver um trabalho muito sério com os pais e os profissionais”, diz ela, apontando o alto índice de desemprego como um dos fatores para a incidência da doença. “Com o índice de desemprego, as pessoas se submetem a jornadas cada vez maiores, isso causa maior quantidade de lesões, porque se trabalha mais. É preciso fazer as ginásticas laborais, que são os exercícios de alongamentos, antes e depois do trabalho, corrigindo as posturas antiestáticas”, diz Vera Judite. Mais informações na APCLER, pelo telefone (0xx79) 213-8230.