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26/06/2013 - 11:35
Conhecendo sergipanos: mais que vestidos de São João
Costureiras transformam o São João em verdadeira magia
A máquina de costura é o instrumento que faz a magia acontecer (Fotos: Arthuro Paganini)

“O São João é a época mais bonita do ano. Traz alegria pra vida da gente. Tudo ganha um colorido que não existe em nenhuma outra festa”. Essa é a resposta da costureira e comerciante Marlúcia Alves à pergunta “o que o São João representa para você”. Ela, como tantas outras costureiras, é a responsável por dezenas de vestidos juninos que você vê todos os dias nas ruas da cidade.

Marlúcia confecciona roupas juninas há mais de quinze anos e garante: não toca na máquina de costura se não for para fazer os tradicionais vestidos coloridos. O motivo é bastante simples: para ela, a costura não representa uma fonte de renda – apesar de obter lucro através da venda das peças – e sim uma forma de obter satisfação no que faz.

“Eu só costuro vestidos de São João. Já costurei outras peças, mas não tem a mesma graça. Eu faço isso porque eu amo, porque o São João significa muito para mim, e nada me dá mais alegria do que ver alguém vestindo as peças que eu confecciono”, explica Marlúcia.

"Fico emocionada quando vejo as pessoas usando meus vestidos", disse Marlúcia

A costureira leva, em média, um dia para fazer cada vestido, peça que comercializa a partir de R$ 25,00 – e que chegam a ser revendidas em lojas por valores que ultrapassam os R$ 100,00. São cerca de sessenta vestidos feitos por ano para uma clientela que vem até mesmo do exterior. O ponto alto para Marlúcia é ver o resultado final e a satisfação de quem adquire suas obras.

“Eu vendo para gente de São Paulo, Belo Horizonte, e outro dia eu vendi um vestidinho infantil para uma menina do Paraguai. Quando ela colocou o vestido, eu fiquei muito emocionada”, comenta Marlúcia.


Feitos com o coração

Orgulhosa, dona Bete exibe sua obra (Foto: Arthuro Paganini)

Assim como a dona Marlúcia, a dona Bernadete Santos costura por amor ao ofício e ao São João. Ela, que também é comerciante no mercado central, explica que todos os vestidos que produz são únicos, e cada um é feito com o coração.

“São João é alegria, é cheio de magia. Eu costuro os vestidos por que eu gosto, eu faço de coração mesmo. Cada um tem um brilho, uma cor, um detalhe diferente que os torna únicos”, ressalta dona Bete, como é mais conhecida.

A costureira não esconde a tristeza que sente ao ver os vestidos de quadrilhas atuais. Para ela, todos parecem com roupas de carnaval, perderam a simplicidade e a tradição da roça, onde nasceu o costume de dançar quadrilha. Dona Bete explica que nem sempre se precisa de muito para que os vestidos fiquem graciosos. A criatividade e a atenção aos detalhes são fundamentais para um belo resultado final.

“Os vestidos tradicionais tinham um brilho diferente e não precisavam nessa estilização que estão dando a eles. A nossa criatividade é que dá o toque final”, finaliza dona Bernadete.

Confira o vídeo que conta a história desses personagens, tão fundamentais para a beleza dos festejos juninos:

                              

Por Bárbara Oliva e Jéssica Vieira
Produção e edição: Arthuro Paganini

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