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25/06/2013 - 16:29
Comidas típicas atravessam gerações
Comerciantes tiram sustento da família com receitas antigas

Dedá afirma que a culinária junina é bantante procurada durante todos os meses do ano. (Fotos: Arthuro Pagani)

Mungunzá, arroz doce, beiju molhado, má-casado, pamonha, bolo de milho, puba ou macaxeira. Esses são alguns dos produtos mais procurados e consumidos durante o ciclo junino, principalmente no nordeste brasileiro.

A grande maioria dos comerciantes desses quitutes trazem as receitas da culinária junina há gerações e, com o passar do tempo, a comercialização desses produtos se tornaram única fonte de renda para sustento de algumas famílias.

Há mais de 20 anos, a vendedora de massas de puba e tapioca, Dedá Francisca, diz que acabou herdando da mãe o gosto pela cozinha tipicamente sergipana. Com a venda de massas e bolos feitos por ela, toda renda é destinada para o sustento da família, manutenção da casa e do comércio. Dedá garante que nessa época do ano consegue ganhar uma renda extra, mas que sobrevive vendendo esses mesmos produtos durante todos os outros meses do ano.

“É claro que as pessoas procuraram mais os nossos produtos durante o mês de junho, mais precisamente na semana da festa. Graças a Deus sergipano gosta muito das comidas da sua terra e por isso nunca nos falta cliente. É a minha profissão, minha fonte de renda”, salientou.

Dona Josefa é grata  sogra pelas receitas ensinadas.

Quebrando o paradigma de que sogra não serve para nada, a comerciante de pamonha, canjica e pé-de-moleque, Josefa Almeida, agradece todos os dias a falecida sogra em tê-la ensinado os truques da culinária junina. Ela afirma ter criado dos cinco filhos com a venda dos quitutes do ciclo junino.

“Há 40 anos faço as mesmas receitas, e graças a Deus e a minha sogra consegui criar todos os meus filhos sem que os faltasse nada, em ordem de pobre. Hoje o mais novo tem 40 anos, mas continuo fazendo as minhas receitas e vendendo os produtos para sergipanos e turistas”, ressaltou.

Percorrendo as mais diversas ruas do Centro comercial de Aracaju há 18 anos, diariamente, o vendedor de mungunzá, arroz doce, mingau de puba e outros quitutes, Marcelo Santos, que aprendeu com a avó a preparar todas as delicias juninas, diz ser muito feliz com a sua atividade, que lhe dá o sustento familiar.

Receitas herdadas da avó viraram o sustento da família.

“Independente do ciclo junino, tenho a minha clientela cativa em todo centro de Aracaju. Nuca voltei com produto para casa. O que minha avó me ensinou estou levando adiante com todo carinho e dedicação, pois foi através dela, que me ensinou a fazer tudo isso  aqui que consigo sustentar a minha família, sem que falte nada. Quando chega essa época do ano, nem consigo terminar o meu percurso diário. A mercadoria acaba no meio do caminho”, enfatizou. 

Confira abaixo o vídeo que mostra a história desses sergipanos que encantam a todos com suas comidas:

Por Adriana Meneses e Arthuro Paganini

Conhecendo sergipanos: artesãos reproduzem ciclo junino
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