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23/06/2013 - 16:30
Mercado: vendedores lamentam seca e dimunição nas vendas
Seca atrapalhou produção e aumentou preço dos produtos
Florisval dos Santos, vendedor de milho do Mercado (foto: Portal Infonet)

Junho é mês de festa, também, para os vendedores instalados no Mercado Municipal Antônio Franco,  localizado no Centro de Aracaju. Mas para este ano a expectativa de aproveitar a fartura de turistas e demandas locais se soma à desconfiança e às más circunstâncias. Graças à seca prolongada, a produção de milho e amendoim, principais produtos juninos, rendeu muito abaixo do esperado e fez os vendedores frearem o ânimo.

Mais antigo vendedor de milho do Mercado Central, Florisval dos Santos, o "Fulor do Milho Verde", sempre aguardava ansioso a chegada do principal mês de vendas de seu produto. Em média, sua venda no resto do ano ficava entre sete e oito mãos de milho (conjuntos de 50 espigas) por semana. No mês de junho, o número sobe para 30 a 40, atingindo até mais de 70 no dia de São João. Para esse ano, entretanto, seu Florisval não se anima demais.

“A seca atrapalhou muito. Demorou pra chover. O movimento está mais fraco este ano do que nessa mesma época no ano passado. Se eu conseguir vender a mesma quantidade de 2012, já vai ser bom”. A pouca quantidade não é o único fator: sua consequência imediata, a alta do preço, é outra razão apontada pelo comerciante como desanimadora para a estimativa de vendas. “Hoje o milho está bem mais caro. Ano passado eu comprava a R$18 a mão, e hoje compro a R$ 25. Desse jeito, o preço aumentou muito para o consumidor final”.  A mão de milho, no Mercado, está em torno de R$30.

José Carlos Mizael, vendedor de amendoim (foto: Portal Infonet)

No ano passado, o preço da saca do amendoim variava entre R$ 150 a R$ 200. Este ano, graças à escassez, os preços vão de R$ 250 a R$300. A matemática desanimou os comerciantes. “As chuvas começaram muito tarde. Não deu pra fazer amendoim suficiente”, destaca o vendedor Airton Lima de Góis. O comerciante, que diz que normalmente vende 10 sacas de amendoim por semana e cerca de 80 em junho, também lamenta o período restrito de sucesso. “Isso só acontece nos últimos dias, a partir do dia 20. No resto do mês a procura é muito fraca”.

Simone de Souza Amorim é outra que também vende cerca de 10 sacas por semana em uma de suas bancas. Em época de São João, de acordo com ela, as vendas quadruplicam. Mas para 2013, as estimativas também não lhe parecem muito boas. “Só veio chover tem um mês ou até menos. Há pouco amendoim no mercado”. A escassez fez com que o amendoim atingisse um preço médio de R$4 a lata.

Com uma banca menor, José Carlos Mizael de Lima vende em média uma saca de amendoim por dia. Mas o prejuízo causado pela seca também irá afetar os números de seu pequeno negócio. “Em junho, chegava a vender de quatro a cinco sacas por dia. Como o amendoim está mais caro, esse ano vou ter que me conformar com umas três sacas. Se eu vender a mesma coisa que vendi ano passado, vai ser ótimo”.

Por Igor Matheus

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