Bonecos juninos de pano chamam a atenção nos armarinhos (Fotos: São João Infonet)

Não importa se são apenas 30 dias. Toda vez que junho dá as boas-vindas, é tempo de evocar sua chegada e reproduzir o calendário no dia-a-dia. Inclusive, dentro da própria casa. Ao circular pelo Centro de Aracaju, é possível encontrar uma série de enfeites, cores e formatos capaz de transformar sua residência em um legítimo arraial.

Os armarinhos situados por ali, principalmente no entorno do Terminal Rodoviário Luiz Garcia, provam o quanto a cultura junina pode compor o ambiente doméstico. Desde as típicas bandeirolas coloridas até os bonecos de pano vestidos a rigor, as lojas do ramo trazem um leque – ou um abano de palha, se assim preferir – de variedades para o consumidor.

“É uma tradição nossa, as pessoas gostam de embelezar as casas. Aqui, tem de tudo. De R$ 2,00 em diante, já têm opções para levar”, divulga Jorge Diniz, proprietário de dois badalados armarinhos na Avenida Sete de Setembro. Em ambos, a busca pelos adornos vem aumentando à medida que as comemorações se aproximam.

Dom junino

Aliás, quando o assunto é criatividade na ornamentação, tudo ganha vida – mesmo que uma vida sazonal. São peneiras recobertas com chitas; penduricalhos e cestos customizados; balões decorativos e retratos dos santos do mês.

Há quatro anos trabalhando no preparo das peneiras, a vendedora Ana Paula da Costa já tem habilidade no assunto. “Em dez minutos, já termino de enfeitar. Com o tempo, vai ficando fácil. Mas, para saber fazer, tem que ter o dom”, garante Ana Paula, já se incluindo neste time.

Por João Camilo