Erivaldo trouxe repertório tradicional ao Forró Siri (Fotos: Arthuro Paganini)

A última noite do Forró Siri lotou a Praça de Eventos do Conjunto João Alves, em Nossa Senhora do Socorro. E uma das primeiras atrações a subir ao palco na noite deste domingo, 28, foi o sergipano Erivaldo de Carira. Representante legítimo do forró, ele levou o público a ariar a fivela ao som da sanfona.

Este instrumento, aliás, é marca registrada da família. Erivaldo aprendeu a tocar com o pai, Manezinho de Carira, e passou a tradição aos filhos. Erivaldinho de Carira e Mestrinho, sanfoneiros e filhos de Erivaldo, aprenderam o ofício e fazem questão de mostrar o legado ao Brasil e ao mundo. Thaís Nogueira, também filha do forrozeiro, é outra representante do forró que carrega no sangue o gene da música tradicional nordestina.

“É um grande orgulho para mim ter ensinado os meus filhos e ver que eles mantiveram a raiz e não enveredaram pelo forró elétrico, por exemplo. Respeito outros artistas e ritmos, mas entendo que o forró é um só”, afirma. No repertório de Erivaldo só toca o forró autêntico. “Além de músicas autorais, canto bastante Luiz Gonzaga e Dominguinhos, que são os grandes mestres”, diz.

Sanfoneiro deixou legado aos filhos Erivaldinho, Mestrinho e Thaís

Erivaldo também reconhece o trabalho de forrozeiros mais recentes, como é o caso de Flávio José, Dorgival Dantas e Adelmário Coelho. “Eles mantiveram a raiz do forró e por isso eu acrescento músicas dele em meu repertório. Eles não fazem músicas descartáveis, como é o caso de tantos outros por aí”, considera.

Ao público de Socorro e de Sergipe, Erivaldo de Carira deixa um recado: “desejo um São Pedro de paz, amor, forró e que todos curtam muito. Costumo sempre dizer que o amor só constrói, e deixo essa mensagem”.

Por Nayara Arêdes