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30/11/2012 - 11:00
Biquíni: duas peças e uma história
Conheça a trajetória da peça mais queridinha da estação

Seja com babados, lacinhos, brilho, pedrarias, fio-dental, alças largas ou no estilo cortininha, sem dúvidas, o biquíni é a peça-chave do verão brasileiro. É nessa época do ano que ele ganha estampas e cores mais vibrantes, e que diversos modelos são desenhados para atender à diversidade dos corpos femininos.

Entretanto, ser o queridinho da estação mais quente do ano não foi fácil. As peças que você encontra hoje nas lojas são resultado de uma história de mais de sessenta anos, recheada de censura, irreverência e muita ousadia.

Para que você possa conhecê-la, fizemos uma retrospectiva desse sucesso criado na França, mas consagrado mundialmente nas praias brasileiras.


Confira!

Anos 40

O primeiro biquíni surgiu em 26 de junho de1946, na França. Seu tamanho causou tanta “euforia” que nenhuma mulher queria vesti-lo, ficando para a stripper Micheline Bernardini a apresentação ao público daquele que seria um fenômeno da moda em todo o mundo. O modelo era de algodão, com estampa que imitava um jornal, e foi criado pelo francês Louis Reárde. Viva Louis!!!!

Anos 50

A peça era considerada um escândalo e as mulheres da época se recusavam até a falar sobre o assunto. Na Europa, a Igreja Católica proibiu o uso das peças na Itália, na Espanha e em Portugal. No Brasil, era um traje usado apenas por vedetes do teatro rebolado, como Elvira Pagã e Virgínia Lane. Em 1956, a atriz Brigitte Bardot exibiu um modelo xadrez de babadinhos no filme “E Deus criou a mulher”, popularizando o traje.

Anos 60

O traje ainda era considerado indecente e foi proibido pelo então presidente Jânio Quadros em 1961. Um ano depois, Helô Pinheiro vestiu um modelo comportado na praia de Ipanema, inspirando Tom Jobim e Vinícios de Moraes.Foi ainda nessa época que surgiu o fio Lycra®, possibilitando que os biquínis, até então confeccionados com tecidos pesados, fossem substituídos por outros mais leves e de secagem mais rápida, ganhando melhor ajuste.

Anos 70

O biquíni começou a ser peça-chave das praias cariocas, que se transformaram numa verdadeira passarela da moda praia. Nesta época, a modelo Rose di Primo inventou a tanga e a atriz Leila Diniz foi à praia grávida, usando um biquíni minúsculo para a época. A imagem tornou-se símbolo da liberação feminina.

Anos 80

Época dos modelos mais ousados e provocantes: fio-dental, asa-delta, enroladinho, adesivo e cortininha eram tendências nas praias de todo o Brasil. Monique Evans, fã do modelo fio-dental e do topless, era garota-propaganda da moda praia.

Anos 90

Começam a surgir acessórios obrigatórios para acompanhar o biquíni: chapéus, bolsas, cangas, saídas de praia, chinelos, tudo muito bem colorido para estampar as praias do país.  O biquíni de lacinho virou febre mundial e a tecnologia permitiu às indústrias melhor confecção de tecidos e inovação na transparência e drapeados.

2000

O boom do mercado da moda brasileira, consagrado com o trabalho da top model Gisele Bündchen, proporcionou maior investimento nas peças. Babados, shorts, calcinhas de cintura mais alta, tendências que relembravam décadas anteriores, foram reformuladas e ganharam novos moldes. Começam a surgir as pedrarias e os brilhos nos tecidos.

Verão 2013

O modelo de calcinha mais larguinho e os tops mais comportados apareceram em praticamente todos os desfiles do Fashion Rio 2013. Mas, calma, meninas! O lacinho também esteve lá, assim como os maiôs “engana-mamãe”. O destaque da estação está nas cores vibrantes e nas estampas étnicas. Outra tendência que voltou com tudo foi o estilo navy (marinheiro).

 
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