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Antônio Leite lembra que todos precisam se mexer para acabar com a degradação ambiental (Fotos: Arthuro Paganini) |
Na avenida Beira Mar, margeando o rio Sergipe, o bloco Caranguejo Elétrico animou milhares de pessoas com a energia contagiante do maestro Spok e o talento inquestionável de Armandinho. O ritmo frenético do frevo, entretanto, não foi o único elemento marcante do bloco, um dos primeiros a se apresentar nesta última noite do Pré Caju 2013 e um dos mais tradicionais da festa, com 19 anos de existência.
Além de garantir aos foliões muito agito, o Caranguejo Elétrico reforçou a importância da preservação do meio ambiente, em especial dos manguezais. O habitat do caranguejo-uçá é um dos ícones da identidade cultural dos sergipanos e, por isso, o trajeto não poderia ser mais apropriado.
“Como todo mundo pode observar, nossos manguezais estão extremamente degradados e nosso bloco vem fazer um alerta. Não dá para continuar como está! Precisamos nos mexer, e é isso que estamos propondo”, frisou Antônio Leite, fundador do bloco e ativista ambiental permanentemente engajado na defesa dos mangues.
Crescimento
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Angélica dos Santos aprova a mistura de alegria e conscientização |
O Caranguejo Elétrico foi o bloco que mais cresceu na história do Pré Caju. No início, eram apenas 30 amigos. Hoje, quase duas décadas depois, o número de foliões passa de 3.500, incluindo muitos formadores de opinião, como professores e jornalistas. Mas gente de todas as profissões e idades participa da festa, ano após ano.
A foliã Angélica dos Santos veste o casco elétrico – nome dado ao abadá do bloco – há três anos e afirma que não pretende mais perder nenhuma edição. “Eu amo frevo e também aprovo a mensagem que o bloco passa. É a mistura perfeita de alegria e conscientização”, resume.
Por Gabriela Melo